Mais uma semana em que vou carregar o portátil, o livro, o caderno de apontamentos do blogue, o caderno do direito, a máquina de fotografia e o telemóvel. Estou sempre ligada a este peso, e ando sempre de casa às costas. Quando leio conheço o mundo de forma diferente, quando tiro fotografias tento captar a atenção, o momento, a alma desse foco. Quando começo a escrever, fico com o coração na ponta dos dedos. Não preciso de um grande retiro, mas preciso de silêncios, uma estante com livros, fruta na mesa e chá para homenagear os reis presentes. Há momentos em que temos de parar para respirar, ou melhor, parar para ouvir a respiração. Sem qualquer adulteração, com a realidade, a essência e com o desafio de querer saber sempre mais. Pratiquem o silêncio irrequieto. Sai sempre de casa às costas com tudo o que pertence e aplaude.