Isabella

Que a vida a nossa. Que correria todos os dias. Sinto-me exausta. Sem forças para compras, para receber amigos, cansada do ritmo louco do trabalho.  Cansada de ser forte. Apetece-me vestir algo prático, sapato confortável, e sair....não ter responsabilidades, não ter horas para comer nem para dormir...não ter compromissos sociais. Não me apetece pensar, pois quero viver na ignorância. Por uns tempos. Não quero decidir se tomo chá ou café, se meto gasóleo ou gasolina, qual a música que está a passar na rádio, se recebi e mails importantes ou não, ser vou comer arroz ou massa. Não quero saber de novidades do mundo. Não quero tirar conclusões. Não quero sequer ter de dizer Bom dia ou até amanhã. Hoje quero estar comigo. Só. Quero apenas ajustar-me. Alinhar-me. Ser inteira e descansar. Férias em Dezembro exigem-se.  Quero -me validar como o banco de Portugal valida as notas que estão em circulação. Não quero saber do cupido. Nem do meu nem dos o

É hora de voltar a casa. Entro. Tudo é silêncio. Mas é a forma que gosto de a viver. Ler, ouvir música, sossegar no sofá....também é preciso beber da solidão.  Acendo as velas. Perfumo a casa. O candeeiro ilumina parte da sala. Ilumina as  minhas fantasias. Coração sensível. Coração solitário.Coração que me suporta e é fonte da minha energia. Aquela que me abastece ao longo do dia. Por agora é noite. De sofá para a cama. Já me sei de cor. 

Até sempre. Foi assim que me despedi de ti. Gastei toda a energia contigo. Não consegui controlar mais. Não tem que acontecer da forma que eu quero. Não existem formulas perfeitas nem respostas automáticas. Ficas para trás. Das costas. Foi a minha escolha. A minha opção . Deixo as molduras com as fotos e o coração de memórias. Deixo-te no passado. Onde já não vivo.

Quando a sorte entra em casa ofereço sempre uma cadeira para se sentar.

A minha versão sem pressas.  Ternura, amor, conforto. Vida cor de rosa.

Não sou de fazer ondas. Deixo a vida correr e vou apenas observando, numa espécie de farol. Assisto ao panorama no varandim de serviço. Todos estão sempre atentos às ondas, ao mar bravo, e ao que a natureza nos dá. O canhão pode muitas vezes mudar o temperamento e a força. Aguardamos todos recordes.  O registo é mundial. A onda também. Estaremos todos no mesmo comprimento de onda???!! Nazaré. Desafia-te.

Falta 1 mês. E já tenho tudo pronto.

  Quando tiveres dúvidas de vida, procura alguém que seja o teu barómetro, fonte de conhecimento, inspiração, experiência, boas energias, alguém que dê provas e cujo seu livro tenha sido top de vendas.O teu medidor são os teus resultados e os livros vendidos dessa editora. Tu sabes que tens bom senso e que, quando não arranjas desculpas tu fazes e consegues tudo.Nunca duvides disso. Quanto não tiveres respostas às tuas perguntas, pensa que essa pode ser a resposta. É só estares atento aos sinais. Que me desculpem os homens, mas nós mulheres, sentimos , intuímos tudo. Só lhe roubávamos ou furtávamos,sem violência, o pragmatismo. Só tens de começar a escrever um novo livro. Pensar numa boa capa.Tirar apontamentos diários. E escrever palavras que façam eco aos teus e aos outros. E entrega-lo à tua editora para impressão. Aproveita o melhor dos 2 mundos: os teus 5 sentidos e adiciona a intuição e a objectividade. Subtrai os teus medos e bloqueios . Mas não confundas detalh

Gosto de te observar no teu canto. Saber da ingenuidade da tua doçura, da delicadeza do teu olhar, da inquietude da tua curiosidade. Podes arriscar, que eu vou mimar-te. Serei sempre tu e eu. Na troca de olhares e abraços bem apertados onde só cabe o nosso "nós". Dás-me a sensação de plenitude, de ser mãe de uma forma inteira. Aguardo por ti neste fim de semana, sem testemunhas na partilha.  Gosto de te observar no teu mundo. Onde estarás sempre protegida.Por mim e pelas tuas tias de coração.

Uns dão à perna. Outros jogam à apanhada. Uns dão à tecla. Outros acham que é o fim da barricada. Há muita teoria que não pode ser colocada em prática e há conhecimento empírico que esclarece muito pouco da vida. Tenho de me apoderar cientificamente de alguns temas.Pois a escala do bom senso é informal. Mas siga. Vamos "jogar" à cabra cega. Avançar mais umas casas. Lançar o dado novamente. Deixar o tempo passar e verificar...se era novela ou emboscada. Importa esclarecer a vida.Sem tabus.Sem temas semi-blindados. O que importa é ser feliz. E estar sempre de olhos aberto, mesmo numa situação de jogo. Verdade ou emboscada!!!!!!!

A VIDA TÊM-ME TRATADO BEM.

Não dá para fingir que o sentimento não existe. Não me acomodo às vidas do presente.

Fim de semana. Duas pipas. Imaginação. Lanche na mesa.

Os vasos da minha mãe são sempre mais bonitos e saudáveis que os meus. Será da água da companhia ou da medida do amor!!!

Balões fazem-nos voar. Fazem-nos acreditar que as coisas boas acontecem. E que se deve ser feliz um dia de cada vez. Os balões fazem-me acreditar que devo deixar ir tudo aquilo que não acredito. Largar. Desapegar. Aliviar e voltar acreditar. O tempo muda tudo. Até as minhas escolhas.

Acredito em finais felizes. Amaste-me sempre pelo que eu fui, mesmo quando ainda não estava no teu nível. Tiveste a paciência toda. Por mim e por nós. Importaste-te sempre com o meu bem estar, com o meu sorriso, tanto em dias de luz como naqueles em que o céu estava cinzento. Olhaste sempre para dentro de mim e acreditaste.Nunca fugiste e muitas vezes teria sido tão fácil seguir outro caminho. Permanecemos todas as estações. Prometemo-nos e cumprimos. Amar é ficar juntos, com ponto final. As reticências nunca funcionaram no amor.

Há 10 anos que os meus olhos não te viam. Reencontramo-nos.  Olhamo-nos. Jantamos.Mais uma vez despedimo-nos. Cuidei sempre de ti.Mesmo quando disseste que não precisavas de nada. Sei que és forte, independente e muitas vezes nada dizes porque compras-te muito caro o metro quadrado do teu espaço. É nesses momentos que te leio no silêncio.Porque não falas, não me escreves, mas pensas.Talvez em mim. Talvez na vida. Quando me escreves, interpreto todas as tuas palavras. Apanho esses pedaços de ti e reconstruo- te devagar. Sempre perfumado de ti. Olho por ti, mesmo que a vida que te surpreenda  com algo na bandeja.  Estarei sempre aqui, com as minhas palavras,o  meu abraço, o meu beijo, o meu olhar por ti. Para a tua grandeza, não sei se sou aquilo que precisas. Mas sei cuidar de ti mesmo à distância. Saberei sempre pelo menos acalmar-te o coração. Gosto de ti.

Todas as lembranças de um "nós" me fazem sorrir. Amei-te sempre sem saberes e quando descobriste apaixonaste-te. A nossa vida deu a volta que tantos aguardávamos.Quisemos mudar tudo. Aceitamos as consequências e remexemos todas as gavetas. Sabíamos que o pó se iria levantar, que o caminho tinha picos. Tu existes e isso basta-me. Eu existo e isso basta-te. Um amor sem explicação. É um amor simples, mas tão completo. Iremos encontrar sempre o caminho, as respostas e as escolhas que acalmem o coração. Confio-me a ti.

Guarda em ti só o melhor.

Só uma alma sensível pode perceber que há paixões que se transformam em tradições. O espirito equestre da Golegã, o sangue lusitano dos cavalos, as várias nacionalidades dos visitantes, a bruma e o cheirinho das castanhas assadas, que percorre o recinto. O frio, o traje típico, o ambiente dos petiscos e a ginjinha no típico copo de chocolate. As charretes e os cavalos que circulam a pista. As famílias que festejam, os amigos que brindam, as crianças que se divertem. Tudo é perfeito.  Viver o espirito da golegã é viver em metáforas, pois é a perfeita poesia na sua descrição. Há 14 anos que te sinto.  Até para o ano.

Hoje é dia de limpeza e de ataque.  É sábado.  É dia de remate.Vou acertar na escolha do vestido e acertar no balde do lixo tudo aquilo que já não me serve. Vou sair à rua e acertar em alguém, em estilo cupido ou em estilo próprio. Há lugares que devemos ficar e o lixo abandonar. Vens comigo?!  Ou estás contra mim. Bang Bang . 

Seguia para o trabalho num dia normal. Estava 10 minutos atrasada. O trânsito da cidade obrigou-me a desviar o caminho habitual. Parei no semáforo vermelho. Em frente, na esplanada de uma confeitaria estava um grupo de rapazes, todos sentados a beber o seu café. Houve um loiro, de olhos azuis que com o seu jeito mais expressivo e animado me roubou o olhar. Observei-o durante segundos. Acendeu um cigarro bem ao jeito de estrela de cinema, imaginei-o em estilo de James Dean.   Tinha um ar jovem e fresco.  Não tinha muito mais tempo porque o sinal verde pressentia-se.  Olhei-o da cabeça aos pés em jeito de despedida.   Sorri, porque estava bem calçado e isso diz tudo de um homem. Fiquei-me por ali.Em pensamento. Amanhã volto, à mesma hora e com o mesmo desvio.

Basta de correria. Há tempo para tudo. O stresss mata. Aprendi isso ao ouvir os doutores na Tv e ao sentir na pele o desgaste. A cara seca, a queda do cabelo, unhas roídas, a ansiedade constante. Irra. Tudo a correr. Parece uma passadeira, mas daquelas em que não saímos do sítio, mas gastamos energia. Não quero este tipo de vida. Stresssss. Odeio. já vi gente a morrer disso. São estatísticas. Contudo são verdades e consequências. Tudo tem que ter o meu ritmo e sei que é um bom ritmo. O resto vem. Sem fazer mossa. Liberdade a respirar. Liberdade a pensar. Liberdade a escolher. Ao meu ritmo tudo terá o seu passo. O passo certo e assertivo. Calma. Foi isso que os 40 me trouxeram. Calma. E exijo.

Estou a sair de casa. Ligo o alarme, desligo a luz e dou as 7 voltas à chave. Fica ali tudo imóvel. À minha espera. Olho para a porta cinzenta e esbarro-me com a realidade. Dói o peito. Queria ficar por ali. Anseio sempre o final do dia. Imagino-me sempre naquela paz. Imagino sempre os móveis a falarem uns com os outros e os objectos  a mudarem de lugar na brincadeira uns com os outros. A brisa corre porque deixei as janelas abertas. As cortinas dançam. Espreito pela fechadura. Todos estão em festa. Todos são felizes. Tudo é acolhedor e  cheira bem. É assim que descrevo o meu mundo. Chamo o elevador que me vai fazer descer à terra. O carro aguarda-me na garagem. Também merece a minha presença. Tenho que ir experimentar o mundo.É obrigatório. Dava tudo para sair da garagem e voltar a entrar, subir novamente e apanhar o meu mundo desprevenido. Por agora conduzo-me ao destino. Aquele que suporta tudo. A mim a casa e o carro. Volto já. Esperem por mim. Às 18 horas

Há dias que acordo toda melosa.  Lá vou eu com a energia toda para provar o amor. Não de degustação, mas de enfatização . Claro que a minha avó sempre me dizia que os homens é que tinham que  provar que nos queriam ao lado deles. Claro que os tempos são outros e claro que  os homens  também. Ou será que não é assim tão claro.?! Eu acho que o amor não devia precisar nem de prova nem de pieguices. Mas ironia do destino sempre que acordo em mel ele decide estar em fel. Nunca vos aconteceu estarem em diferentes sintonias?! Parece que dá azar acordar e enviar sms`s com o "nosso" sonho em que só eu fui realizadora e intérprete.Fiz a novela sozinha e não avisei  os restantes personagens. E se de repente eu deixasse de te enviar sms`s. E se de repente eu seguisse a tese da minha avó e te ignorasse. Apenas ficava aguardar a  tua acção para depois ter a reacção.?! Se nunca obedeci a este antigo mas valioso principio, vou pelo menos alguns dias colo

O tempo passa tão rápido. Sei isso porque o tenho passado a ser feliz. O relógio faz tic- tac, a máquina de café tira os primeiros capuccinos, o ar começa aquecer forçosamente com o ar condicionado. Ouve-se o desfolhar dos processos, os e-mails a caírem e o telemovel a receber chamadas. Pega-se no bloco de notas e regista-se a meta. Começa o frenesim da semana. Baterias carregadas, pequeno almoço tomado, liga-se o candeeiro de mesa porque o Outono não trás tanta luz ao iniciar do dia. Caracteres para a frente, fotocópias para registo, interrupções necessárias e reuniões agendadas. Começou a semana. O tempo não pára. Estou em modo maratona. E quando olhar janela fora,já será noite cerrada à décima oitava badalada. Antes de tudo, um beijo ao meu amor. Dá-me sorte. E hoje é tudo o que preciso. Olá Novembro do cheiro a castanhas e dióspiros maduros.

Serralves à noite.

Seduzi-te cada vez que te levei o pequeno almoço à cama. Arrastei-me numa rotina que era circular, que me tirava o ar e me fazia voar. Cada compasso, cada dia, tudo se organizava em torno de ti. O reconhecimento não foi precedido de prémios.Também não exigia. Só queria que não esquecesses, que quando acordavas e te lembravas que existias, eu nunca me esquecia de ti. Tirei sempre o café na mesma medida de amor. Sem aguardar recompensas, mas a acreditar que o melhor em mim seria por ti. Hoje, os dias são diferentes, por opção tua. Soube que te levantas e tens de o fazer sozinho. Talvez por considerarem que essa não era uma forma de sedução. Bem morninho e curto como gostavas.   Estamos em sintonia. Eu continuo a tirar o café, mas desta vez só não deixo a chávena arrefecer. Tomo-o eu.Por mim.

Bouquet. De flores? Não, de estória. Fui buscar as recordações das minha avós, da minha mãe e algumas minhas e fiz um bouquet. Do relógio, terços, ganchos, pérolas, brincos.....Tudo conta a estória desta família. Do casamento à nova casa, da peça de decoração até aos 25 anos de casamento. Só quero é ser feliz e acrescentar diariamente estórias feitas de objetos e emoções. Só desta forma sei viver e fazer valer o meu "Sim" para sempre! Viver contigo, a minha melhor jóia.

Tens um guião e notas que a vida é curta para tanto papel. Tudo deve caber na bagagem/carteira. Mesmo que os braços não estiquem e a corrente seja forte, nada nos deve tirar o ar. Mesmo a mergulhar tens é de flutuar. Que tudo sirva para crescer sem tirar a forma. Com as carteiras é o mesmo princípio.