Isabella

07:00. Ela recebeu a mensagem diária dele.Inseriu o código e descodificou o que sentia. Ela saiu de casa a voar para os seus braços. Sentia a brisa matinal, a pouca luz do dia e o batimento do coração. Ligou a ignição e percorreu poucos quilómetros. Parou à porta dele. Entrou. Subiu, as escadas e temperatura também. Abriu a porta. Ele espreitou e viu-a. Sorriu. Ela abraçou-o e beijo -o na testa, no rosto e nos lábios e saiu a correr. Tímida como não era. A luz do dia continuava fraca. E é nesse momento que a luz quase falha que te iluminas. Ele veio à varanda e disse-lhe: “ lindo”. Ela tão atrapalhada confundiu o seu próprio carro com outro da mesma cor, olhou para cima e disse: “Isto talvez seja do verão onde todos os temas são encarados com muita superficialidade”. Depois entrou no carro e reflectiu ironizando para si mesma: Como se nas outras estações este sentir da pulsação acelerada não fosse o mesmo. E o silêncio reinou ..... Mas a alma ficou i

Preto no branco. O que é invisível toca-nos como ninguém. Na lua a alma flutua. Diz-me o que fazes a uma sexta à noite e eu digo-te como o mundo te carimba. 

Esta cidade pede muita dinâmica. Estes sapatos pedem muita tranquilidade no seu andar. Sim, porque o facto de eu me estar a divertir não quer dizer que não me esteja a doer os pés. Mas os fortes disfarçam sempre o que sentem. E fazem sempre aquilo que tem de ser feito. Elevar, os pés e alma, porque tudo depende apenas de encontrar o  momento certo. Por agora, É chegar, trocar a mala e restabelecer com outra história. Sem mapas e sem google .

Nunca procures pelo mundo fora aquilo que tens em casa. Acredita que por aqui é tudo bem  melhor.

A maturidade  da vida abriu-me os olhos e redefiniu as minhas vontades. O mundo mudou muito e somos uns privilegiados de estarmos a viver uma época em que das brincadeiras de rua e televisão a preto e branco, temos a netflix a grande velocidade com milhares de filmes e séries para nos distrairmos uns dos outros. Ainda tenho na minha garagem a caixa com a abelha maia e o seu  amigo Pedro, como guardo ainda o primeiro computador branco de costas largas e fundas, que pesa mais do que eu, onde a ranhura ainda é de disquete e onde de vez em quando preciso de  o ligar e recorrer para verificar os documentos de 1999. O arranque demora séculos mas o regresso ao passo trás sempre nostalgia. As cassetes de vídeo gravadas com o Top Mais deram origem ao spotify . Muita coisa mudou e da sardinha que dava para 5 agora temos os menus do Mac Donalds que nos brindam com elementos que nos aumentam o tamanho nas calças de ganga e nos causam frustração. Vivemos em ritmo acelerado e

Tudo certo. Basta só curtir a luz. Usar o salto alto e fazer o rabo de cavalo. Mas.... Não gosto da palavra mas... Transforma certezas em dúvidas, O bem em mal, o certo pelo incerto, o amor transformado em ódio, o optimismo em pessimismo,  A sede em fome. O "Mas", devia ser abolido do dicionário. Ninguém merece viver à espera que tudo se altere. A vida é bonita de mais e as histórias das pessoas são interessantes demais para ter os reversos do efeito surpresa das coisas não programadas mas destinadas. O "Mas" tira o brilho dos olhos dos que amo e gosto.  O "Mas" destrói. Mas.....podemos reverter isto tudo e ver nas coisas novas oportunidades. Este texto acaba por aqui MAS , amanhã há mais.  Penteada e Preparada. Para tudo o que aí vem.

A melhor sensação do fim de semana é receber todos os que  amamos no nosso lar. O cuidado na escolha de tudo, desde as compras no supermercado, à escolha do prato preferido de cada um, nos doces que surpreendem na sobremesa, e o regar com o melhor dos vinhos, devia ser premiada com atribuição da estrela Michelin, como se do melhor roteiro se tratasse. Gosto de experimentar as melhores receitas como se fosse a chef da minha cozinha acinzentada e como se a minha casa fosse restaurante de portas abertas aconselhado pelo guia Michelin, para todos os que querem saborear as melhores sensações do palato e olfato da gastronomia caseira. É autonomia, de fazer um bom cabrito no forno, ou de um polvo à lagareiro com batata a murro. O som dos talheres trazem sempre o movimento à casa, e o mastigar trazem alegrias ao brilho de cada olhar. Há lugares perfeitos. Com as pessoas perfeitas. Família,  o meu núcleo duro.

Meu querido Setembro, Chegaste rápido...... o verão vai a meio. Ainda ontem via o fogo de artifício da entrada em  2018 e já estou a despedir-me dos banhos no oceano. À s 7h despertei. Pesquisei todas as novidades na internet. Percebi que muitos regressam a casa e outros já se preocupam com o início das rotinas. Deixei-me de saudosismos e de conversa da treta. É preciso preparar o regresso com boa força física e mental. Só a areia e o mar salgado nos despertam a mente, lavando-a. Calcei as sapatilhas da cor do céu, vesti um top preto e os calções bem curtos e saí para a rua, perto do nosso mar bem ondulado, um misto de corrida e passo lento, como quem quer dar tudo num sprint  e pretende aumentar o ritmo. Porque os objetivos devem ser alcançados devagar, mas bem calculados. Qualquer decisão que seja pensada a curto prazo, trás sofrimento a longo prazo. Quase sempre. Disso estou certa. Por isso, vamos pensar a longo prazo, e ter o foco bem definido.

O convívio de amigas tem sempre o seu encanto. Mesmo que seja na porta ao fundo do corredor. O wc é a nossa casa dos segredos, de confissões, sem câmeras. Milimetricamente conversamos de tudo. Na plenitude com mimo. Cheia de memórias de apoios nas horas de aflição do coração e de risadas por sabermos o desfecho do final do enredo. É olhar para trás e perceber que tudo estava certo. A descoberta do ser que vivia dentro de nós, dos lugares vividos e sonhados, sem manobras de diversão, mas com montanhas russas e bilhete pago. Com direitos adquiridos. Muita emoção, nas descidas e nas subidas. As amigas testemunham o feliz feliz feliz. Por inteiro.